Banda Larga Aliada à Segurança Pública
O mercado nacional começa a receber neste mês a primeira antena de comunicação destinada a veículos policiais, de bombeiros e da defesa civil. A nova antena é o primeiro resultado concreto do projeto Radiofrequência para Redes Sem Fio Banda Larga Aplicadas à Segurança Pública.
O projeto recebeu investimento de R$ 4,7 milhões do Fundo Nacional para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), que foi repassado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Desenvolvida exclusivamente para operar na faixa de 4,9 Ghz - exclusiva para uso da segurança pública -, a antena vai funcionar por intermédio de uma conexão a partir de um terminal (estação de rádio base), permitindo o acesso à internet banda larga diretamente dessas unidades.
A antena deve ser instalada no veículo para transmitir as imagens das áreas de interesse para as delegacias. Os agentes de segurança poderão fazer a consulta nos bancos de dados em tempo real, diretamente das viaturas.
O gerente de Sistemas Sem Fio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Fabrício Lira Figueiredo, diz que a tecnologia dá mais flexibilidade para o monitoramento da segurança, pois envolve uma rede sem fio e precisão nas imagens feitas. "O projeto é estratégico por criar um ecossistema de indústrias que pretendem ampliar a banda larga no Brasil", ressalta.
Figueiredo acrescentou ainda que essa é a primeira vez que a CpqD desenvolve um projeto em parceria com a empresa privada TSM. Segundo ele, a antena é adequada para aplicações em rádios com tecnologia MIMO (multiple-input and multiple-output) e com grande potencial de adoção nas redes móveis de quarta geração (4G).
Os rádios MIMO utilizam múltiplas antenas tanto no transmissor como no receptor, o que aumenta a qualidade e o desempenho da comunicação. “Esse é o primeiro de muitos outros projetos que estamos desenvolvendo. Hoje, temos essa antena para a versão 3,5 Ghz e pretendemos expandir a comercialização para a rede de locais como as prefeituras e outras empresas privadas que tenham interesse”, disse Figueiredo.
"A sugestão é adotar as novas tecnologias o quanto antes, para que os equipamentos e também o efetivo humano, não se recintam da falta de atualização e capacitação".
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