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domingo, 8 de janeiro de 2012

PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA e SOLUÇÕES AMBIENTAIS




Princípios básicos para o projeto de arborização urbana

O projeto de arborização deve, por princípio, respeitar os valores culturaisambientais e de memória da cidade. Deve, ainda, considerar sua ação potencial de proporcionar conforto para as moradias, “sombreamento”, abrigo e alimento para avifauna, diversidade biológica, diminuição da poluição, condições de permeabilidade do solo e paisagem, contribuindo para a melhoria das condições urbanísticas. 

Em vias públicas, para que não haja ocupação conflitante no mesmo espaço, é necessário, antes da elaboração do projeto:

Consultar os órgãos responsáveis pelo licenciamento de obras e instalação de equipamentos em vias públicas.

Levantar a situação existente nos logradouros envolvidos, incluindo informações como a vegetação arbórea, as características da via (expressa,local, secundária, principal), as instalações, equipamentos e mobiliários urbanos subterrâneos e aéreos (como rede de água, de esgoto, de eletricidade, cabos, fibras óticas, telefones públicos, placas de sinalização viária/trânsito entre outros), e o recuo das edificações.


• O sucesso do projeto de arborização é diretamente proporcional ao comprometimento e à participação da população local.



Recomendações Suplementares

Na elaboração de projetos de vias públicas, em face de interferências entre equipamentos públicos e arborização, deverá ser ponderada preliminarmente a possibilidade de adequação desses equipamentos, ao invés da adoção precipitada de serviços de poda ou remoção em detrimento da arborização.

Os canteiros centrais com largura maior ou igual a 1,00 m, de preferência, não devem ser impermeabilizados, a não ser nos espaços destinados à travessia de pedestres e à instalação de equipamentos de sinalização e segurança.


Quando, nas calçadas verdes, houver arborização, deverão ser atendidos todos os parâmetros destas normas.

Para os “Calçadões” (ruas de pedestres), devem ser elaborados projetos específicos, a serem analisados pelos órgãos competentes. 


Inventário Arbóreo

A elaboração de um Inventário Arbóreo seria um passo importante e necessário para a implantação de um Plano Municipal de Arborização Urbana, que poderia estar previsto no Plano Diretor da cidade que por sua vez deveria ser Participativo. Com esse estudo mais os resultados obtidos, poderiam ser traçadas as ações e diretrizes do Plano Municipal de Arborização, que deveria contar com a participação da população


O inventário arbóreo tem o objetivo prover a administração pública de dados e informações dos vegetais localizados em logradouros públicos, de maneira a criar e manter estruturado um banco de dados, com informações necessárias para o planejamento e controle das espécies arbóreas existentes e a serem implantadas nos logradouros públicos no município.

Dentro deste conceito, verifica-se que para a administração pública comprometida com o meio ambiente, um banco de dados deste porte é de fundamental importância para o pleno conhecimento dos vegetais existentes com seus detalhes.

Com o inventário arbóreo, será possível realizar a manutenção das árvores, identificar problemas como as podas mal feitas, o estado da acomodação das raízes sob as calçadas, disseminação de pragas e doenças e elaborar projetos de plantio em áreas carentes de vegetação, visto que a arborização é essencial para o planejamento urbano.

Exemplo de poda mal executada

Exemplo de árvore mal dimensionada para a calçada




Um passo importante é aliar todas essas atividades com Palestras e Educação Ambiental para empresas e escolas.

Essas ferramentas servem para se reunir o máximo de informações no intuito de realizar um Inventário Ambiental, pois já estamos falando da criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, situação essa que necessita reunir o maior número de informações possíveis sobre a região para traçar metas que façam o crescimento da região se transformar em desenvolvimento ordenado e sustentável, promovendo qualidade de vida e respeito ao meio ambiente.


Inventário Ambiental

O inventário ambiental possibilita ao tomador de decisão ter uma visão sistêmica sobre determinada região, com informações sobre diversos aspectos relacionados ao equilíbrio de trocas de insumos, resíduos e energia entre diversos sistemas. Um estudo que proporciona subsídios para se criar soluções ambientais mais adequadas a nossa região.
O inventário ambiental é subdividido em quatro meios: antrópico, aéreo, terrestre e aquático
  • Meio antrópico
  •  O meio antrópico, também chamado de meio cultural, é aquele influenciado diretamente pela ação do homem. Alguns exemplos de informações que compõem o meio antrópico são: Evolução histórica da região, Densidade demográfica, Distribuição por faixa etária e sexo da população, Participação urbana e rural da população, Saúde, Educação, Indicadores sociais como IDH, PIB e Valor Adicionado Fiscal, Infra-estrutura, Saneamento básico, Transporte, Energia e Política.
  • Meio aéreo
  • No meio aéreo há o conceito de bacia aérea, que embora o nome sugira um volume da atmosfera, é uma área cuja topografia, delimitada por uma cota mínima, dificulta a dispersão de poluentes gerados pelas atividades industriais, sócio-econômicas e setor de transporte. As bacias aéreas podem ser consideradas verdadeiras unidades de gerenciamento da qualidade do ar. 
    As variáveis que podem caracterizar o meio aéreo são divididas em dois grupos principais: Gases de efeito estufa, como gás carbônico e o gás metano, por exemplo e os poluentes atmosféricos, como materiais particulados, fumaça, dióxido de enxofre etc.
  • Meio terrestre 
  • O meio terrestre é caracterizado segundo as seguintes variáveis: Biodiversidade, referente à fauna vegetal e animal, RelevoSolo, caracterizado por tipos de solos, susceptibilidade à erosão e à poluição.
  • Meio aquático 
    O meio aquático é aquele constituído pela água no estado líquido, sendo subdividido em: Águas superficiais, composto pelos rios, córregos e águas drenadas pelas chuvas, Águas interiores, que correspondem aos aqüíferos subterrâneos e as Águas litorâneas.

    O objeto de estudo principal deve ser a bacia hidrográfica, definida como um conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes, associada à noção da existência de nascentes, divisores de águas e características dos cursos de água, principais e secundários, denominados afluentes e subafluentes. Uma bacia hidrográfica evidencia a hierarquização dos rios, ou seja, a organização natural por ordem de menor volume para os mais caudalosos, que vai das partes mais altas para as mais baixas. Uma bacia hidrográfica com sua estrutura respeitada pela ocupação urbana, pode prevenir muitos problemas ou acidentes, tanto como no caso das enchentes e desmoronamentos quanto na manutenção e preservação da qualidade das águas.
    A qualidade das águas está relacionada ao tipo de uso e ocupação do solo, através do escoamento superficial urbano e rural da poluição proveniente de efluentes domésticos e industriais. Os esgotos domésticos contêm compostos orgânicos biodegradáveis, nutrientes e bactérias; os efluentes industriais possuem uma grande variedade de poluentes, em decorrência das matérias primas e processos industriais empregados.
" Não importa se moramos numa cidade pequena ou numa metrópole, o que é fundamental é planejar as ações e criar meios para que se possa minimizar problemas provenientes de um crescimento desordenado que acabam inevitavelmente em sérios problemas, tanto na área social quanto na ambiental."


Para entender melhor o assunto, vale a pena ver esse vídeo.


Um Plano de Arborização Urbano consistente envolve muito mais ações do que podemos imaginar:
Medidas Compensatórias, Planos de Manejo, Recuperação de Áreas Degradadas, Manejo Biotécnico de Cursos Hídricos, Georrefrenciamento, Parcelamento de Solos, Projetos de Arborização Urbana, Sistema de Gestão Ambiental; Resgate da biodiversidade nativa e Plano de Gerenciamento de Resíduos, assunto esse que iremos abordar aqui como mais uma  sugestão para a cidade.


Ilhas urbanas de calor


Onde esse fenômeno existe, mesmo se as árvores fossem plantadas hoje para reverter esse problema, os efeitos benéficos da presença delas - capacidade de reter água da chuva e amenizar fenômenos climáticos como as ilhas de calor - ainda demorariam de quatro a cinco anos para serem percebidos pela população. Pense nisso!

Tudo isso só funciona se houver um planejamento com metas viáveis e bem definidas, análise periódica dos índices levantados, capacitação profissional e fiscalização permanente sobre o programa a ser desenvolvido. Não basta criar áreas de preservação permanente ou planos de desenvolvimento integrado se o que falta é fiscalização para garantir que tudo que foi proposto no papel seja executado.


Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda como medida mínima para a garantia da área verde necessária ao equilíbrio ambiental, o valor de 12 m²/habitante.

Links interessantes:
Ajude você também na Arborização Urbana pelo site: http://www.clickarvore.com.br/
Lei Sorocabana do IPTU VERDE: http://www.youtube.com/watch?v=RuO7pQHwlyE
Por uma Caçapava mais verde - Beer Rock  Fest

2 comentários:

  1. Um ótimo projeto! Totalmente viável e consistente, gerando a recuperação de áreas desmatadas e também colocando mais vida dentro dessa selva de pedra... parabéns beer rock fest,, grande abraço.

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  2. Obrigado pelas palavras green360, faço esse trabalho de pesquisa para justamente tentar abrir a cabeça de quem pode fazer algum benefício em prol da cidade.

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