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sábado, 17 de novembro de 2012

NEGÓCIOS SOCIAIS

A mistura de geração de renda com sustentabilidade é o chamado negócio social, termo cunhado pelo economista e professor Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz de 2006.

Negócios Sociais são empresas que visam, além do lucro, trazer desenvolvimento social e ambiental para a sociedade.
São elas que, através da sua atividade principal (core business), oferecem soluções para problemas sociais, utilizando mecanismos de mercado.




O que caracteriza um negócio social?
  • Vende um produto ou serviço que contribui para melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda;
  • Esse produto ou serviço principal é capaz de sustentar financeiramente a empresa, de forma que ela não dependa de doações ou captação de recursos para as suas operações;
  • Apresenta inovação no modelo de negócio (por exemplo, no modelo de distribuição, no produto ou serviço, no sistema de precificação);
  • Tem potencial de alcançar escala e opera de maneira eficiente;
  • Há comprometimento do empreendedor e sua equipe em melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda.

Como geram impacto social?

  • Atendem necessidades básicas da base da pirâmide (acesso a serviços básicos como saúde, habitação e educação a baixo custo e alta qualidade);
  • Possibilitam acesso a produtos e serviços que melhoram a produtividade ou reduzem os custos de transação da população de baixa renda (como serviços financeiros, tecnologias que aumentem a produtividade de pequenos empreendedores, entre outros);
  • Incluem pessoas marginalizadas na cadeia de valor, como fornecedores ou produtores, de forma que a inclusão é necessária para a operação do negócio.

Como negócios sociais se diferenciam de:
  • Negócios tradicionais: por terem a finalidade de gerar impacto social e o comprometimento com a melhoria de qualidade de vida do público alvo.
  • ONGs tradicionais com atividades de geração de renda: por serem sustentáveis financeiramente e terem alto potencial de escala. Diferente de ONGs com geração de renda, em um negócio social o produto ou serviço que gera impacto social é o mesmo que gera renda para a organização.
  • Empresas com ações de responsabilidade social: por terem um modelo integrado, no qual o impacto social está no centro da operação do negócio, não marginal a ela.
  • Empresas que vendem para as classes CDE: por terem comprometimento em desenvolver produtos e serviços que realmente atendam às necessidades básicas dessa população, e melhorar a sua qualidade de vida de forma inovadora.

    Veja alguns casos bem sucedidos de Negócios Sociais no Brasil.

    Negócios Sociais (vídeo do Globo Cidadania)
    http://redeglobo.globo.com/globocidadania/videos/t/acao/v/negocios-sociais-integra/2245499/

    Links para exemplos de negócios Sociais:
    http://negociossociais.com/conteudo/?page_id=19

     
    Sementes de Paz – www.sementesdepaz.com.br/

    A empresa pratica o comércio justo de alimentos criando pontes entre produtores e consumidores. Desta forma, garante para seus consumidores o acesso a alimentos orgânicos a preços justos, e para os produtores parceiros um canal de comercialização pautado pelo respeito e pela transparência. 


    Solidarium – www.solidarium.com.br

    Empresa de Comércio Justo que atua com uma rede de criação, produção e distribuição de produtos por meio de grandes redes varejistas, como Walmart e Tok&Stok, em todo o território nacional e nos EUA. Sua missão é combater a pobreza promovendo o acesso a mercado para micro e pequenos produtores de comunidades de baixa renda em todo o Brasil.


    Três passos fundamentais para investir em negócios sociais

    O sucesso do investimento sustentável em negócios sociais deve se basear em três passos básicos: priorizar motivos racionais para se engajar na causa; definir uma estratégia de atuação e escolher um plano de ação adequado para executar o projeto.

    As premissas fazem parte de um estudo realizado pelo Escritório Pacto Global da ONU em parceria com a Rockefeller Foundation e lançado durante o Fórum da Sustentabilidade Empresarial, na Rio+20, no dia 17 de junho.


    O documento, batizado de “Um modelo de trabalho para a ação: empresas sociais e investimentos de impacto”, organiza os três fatores-chave para empresas, governos e investidores interessados a atuar no setor. A primeira etapa é identificar e priorizar objetivos racionais que levem a empresa a investir em um negócio social no longo prazo. “Com investimento na infraestrutura local, empresas sociais bem administradas vão desfrutar de chances melhores de ter sucesso comercial e vão apresentar melhores oportunidades de investimento”, diz o documento. 


    Em seguida, é necessário entender as características únicas de cada estratégia de negócio e adotar a que melhor se encaixa nos objetivos do investidor. “Os investidores têm a opção de fazer um plano agressivo no curto prazo na esperança de ter ganhos maiores no futuro. Por outro lado, eles podem adotar uma estratégia de investimento mais conservadora, com aportes de recurso menores e desenvolver os projetos em um espaço de tempo maior com o objetivo de testar os mercados e aprender durante a execução do projeto.” 

    Por último, é necessário definir quais estratégias vão fazer o seu projeto avançar nos objetivos definidos. O documento lista, então, uma série de formatos de aporte de recursos, que vão desde incubadoras e investimento de fundos de capital semente, até títulos emitidos por instituições financeiras. 

    Números
    Segundo o estudo, os empreendimentos sociais têm o potencial de atrair US$ 12 bilhões em investimentos pelos próximos anos. Se realizados por grandes corporações e investidores, esses aportes teriam a capacidade de gerar 100 mil startups sociais.

    Dados do JP Morgan da Fundação Rockefeller estimam que o mercado ofereça potencial para receber aportes de US$ 400 bilhões a US$ 1 trilhão nos próximos dez anos.





    Responsabiliadade Social das Empresas:

    Já há alguns anos iniciou-se uma tendência mundial dos investidores procurarem empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos.

    Tais aplicações, denominadas “investimentos socialmente responsáveis” (“SRI”), consideram que empresas sustentáveis geram valor para o acionista no longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Essa demanda veio se fortalecendo ao longo do tempo e hoje é amplamente atendida por vários instrumentos financeiros no mercado internacional.

    No Brasil, essa tendência já teve início e há expectativa de que ela cresça e se consolide rapidamente. Atentas a isso, a BM&FBOVESPA, em conjunto com várias instituições – ABRAPP, ANBID, APIMEC, IBGC, IFC, Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente – decidiram unir esforços para criar um índice de ações que seja um referencial para os investimentos socialmente responsáveis, o ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial.


    Nesse sentido, essas organizações formaram um Conselho Deliberativo presidido pela BM&FBOVESPA, que é o órgão responsável pelo desenvolvimento do ISE. Posteriormente, o Conselho passou a contar também com o PNUMA em sua composição. A Bolsa é responsável pelo cálculo e pela gestão técnica do índice.

    O ISE tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro.

    "Caçapava deve prioriar atrair empresas 
    ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente aceitas". Beer Rock Fest

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