O termo sustentabilidade tem sido cada vez mais a tônica nas empresas e instituições no mundo todo. Isso porque as constantes intervenções do ser humano na natureza tem se demonstrado desastrosas. Outro fator é a preponderante vertente financeira que tem sido motivo de repugnância no mundo todo, após os escândalos de 2008 envolvendo a Enron e a Worldcom. A sustentabilidade tem que ter como premissas básicas ser:
Socialmente justa.
Financeiramente viável.
Ambientalmente correta.
Essas são crenças que tendem a viabilizar a perenidade do ser humano na face da terra.
O mundo empresarial, passa a entender que não pode mais ignorar o seu entorno, seus colaboradores e a maneira como estamos agredindo o meio ambiente. Deixam de utilizar os valores como simples fachada, para verdadeiramente vivenciar o significado deles. As empresas passarão a escolher seus executivos cujo perfil estará intimamente ligado a estas questões, como se os valores e os novos conceitos estivessem no seu próprio sangue. As instituições têm sido mais cuidadosas como mostra o anúncio desta semana do Conselho Monetário Nacional (A Resolução 3792 do Conselho Monetário Nacional (CMN), publicada em 29 de setembro de 2009, obriga as fundações a mencionar em suas políticas de investimento se vão ou não adotar padrões de responsabilidade socioambiental. “Esta é mais uma demonstração da seriedade com que o assunto está sendo tratado no mundo financeiro.”).
Hoje o termo sustentabilidade está muito presente na construção civil, considerado o setor vilão com relação aos danos provocados à natureza e aos constantes acidentes de trabalho com seus colaboradores. No Brasil, a resolução CONAMA 307, tem forçado os municípios às práticas sustentáveis, exigindo simultaneamente que os entulhos gerados pela população em geral e pelas construtoras tenham um sistema de gestão que garanta o mínimo de impacto ambiental. A resolução trata desde a redução do uso como do descarte adequado dos resíduos gerados. Existem vários órgãos internacionais certificando as construções que privilegiam as praticas sustentáveis. Contudo, estas praticas tem aumentado os custos da construção, motivo dos construtores se apresentarem avessos a estas práticas. É justamente neste contexto que o conceito lean auxilia e age como conceito complementar, reduzindo os grandes e conhecidos desperdícios encontrados na construção civil. Hoje estes desperdícios giram em torno de 30 a 40% em termos de materiais e mão de obra, significando entre 10 a 15% em termos de custo da construção. Assim sendo, o uso do conceito lean auxilia na compatibilização dos custos e viabiliza a aplicação do conceito sustentabilidade.O termo lean, sempre visto com mais presença nas indústrias, vem avançando nos mais variados segmentos.
O conceito introduzido pela Toyota nos idos de 1945 tem encontrado adeptos em todas as áreas devido ao forte apelo sistêmico de redução dos desperdícios, racionalização dos processos e conseqüentemente produtividade.
Afinal, por que Lean?
Esta é uma pergunta que somente quem está praticando efetivamente sabe responder com propriedade. Lean é uma filosofia de trabalho. Um conjunto de novos conceitos de gestão operacional, que tem por trás de cada conceito, um conjunto de ferramentas que melhor se adapta a cada processo.
Apesar de muito divulgado na mídia, a maioria pratica o Lean de forma segmentada, mais por uma questão de modismo do que por convencimento próprio. Poucas pessoas nas empresas compreendem das bases aos pilares que sustentam o processo todo.
Sabemos que todos os processos têm suas acomodações e, portanto, seus desperdícios. Desperdícios que, por sinal, não são pequenos. Pois bem, o conceito Lean prega a eliminação obstinada de todas as formas de desperdícios, fazendo com que o processo opere de forma enxuta, atendendo somente o estímulo do cliente, e de forma nivelada, produzindo uniformemente todos os dias, mantendo altos níveis de qualidade e segurança.
É por esta razão que lean e sustentabilidade têm sua complementaridade, pois num mundo sustentável, precisamos de forma disciplinada, reduzir o consumo de materiais retirados da natureza, minimizando portanto o impacto ambiental. As empresas no entanto são chamadas a inovar com lean, pois somente assim poderemos levar ao mínimo os impactos hoje colocados na natureza.
Fonte: www.gpsvale.com.br
Beer Rock Fest - Por mais ações sustentáveis no setor empresarial e equilíbrio sócio ambiental.
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