CRIANDO MECANISMOS PARA UMA MAIOR PARTICIPAÇÃO COLETIVA
O intuito é criar nas diferentes comunidades da cidade, meios para que cada grupo possa se organizar e desenvolver uma visão crítica como cidadão e expressar sua voz através da seleção de temas de maior relevância para cada comunidade envolvida. Esse veículo não deve ser usado somente para expor problemas sociais e de infraestrutura como lixo, saneamento, água, luz , asfalto, trânsito, obras entre outros. Essa participação da população no desenvolvimento do jornal comunitário, deve estar ligada principalmente às questões da Cidadania. Os indivíduos que participam se sentem mais cidadãos exatamente porque, de alguma maneira, tomam parte em determinada discussão e suas opiniões têm reflexo direto na tomada de decisões.
Participar é, portanto, tomar parte. Participar da tomada de decisões é uma conquista histórica do homem que, aos poucos, caminha rumo a uma sociedade mais justa e igual na qual o coletivo possa se sobrepor aos interesses individuais.
O homem tem necessidade de ser ouvido, o que lhe falta por vezes, é atitude ou ainda, condições efetivas para tal. O homem é dono de um raciocínio que possibilita que ele caminhe em direção à emancipação, porém todo este processo tem base nas possibilidades de apropriação da atividade humana (todos os conhecimentos acumulados pelo homem ao longo de sua existência). A todos os homens não é dada a mesma possibilidade de interiorização; antes, passam por uma pré-seleção sócio-econômica, na qual os que têm mais dinheiro se apropriam mais e, conseqüentemente, participam mais deste processo.
Aos menos abastados, as possibilidades de apropriação são restringidas, resultando em uma parcela muito pequena de participação por parte destes. Por esta razão, percebemos que a população carente é, inúmeras vezes, manipulada pelos políticos, por exemplo. À esta população não foi permitida a plena apropriação dos conhecimentos humanos, fazendo com que a população seja conduzida como marionetes.
Esse projeto promove o resgate das opiniões do cidadão comum e incentiva à cidadania através de uma maior participação nas decisões da comunidade.
No Jornalismo Comunitário, é fundamental o trabalho de capacitação dos moradores em técnicas de jornalismo (como técnica de redação, edição e diagramação), para que eles mesmos possam elaborar e produzir suas publicações sem depender de ajuda externa. Esse trabalho é comumente realizado por ONGs e entidades de apoio à comunidade (raramente é feito pelo governo ou por empresas).
Esse tipo de jornalismo, ajuda a identificar as chamadas "necessidades" da comunidade e explorá-las em pautas que informem os moradores sobre as causas e possíveis soluções para esses problemas.
O jornalismo comunitário costuma basear-se fortemente no voluntariado, com repórteres e colaboradores que trabalham sem remuneração. Geralmente, estes veículos são sustentados por publicidade do comércio local ou patrocinados por entidades filantrópicas ou assistêncialistas. Esse trabalho pode ser facilmente feito pelos jovens da comunidade, aumentando assim a idéia de inclusão digital, pois esse veículo comunitário foi fortemente impulsionado pelo surgimento de novas tecnologias de comunicação (como internet, telefonia móvel e computadores portáteis) que tornaram mais acessível a produção de conteúdo para mídia.
"Ferramentas desse tipo, estimulam muitas vezes, pessoas a buscarem um sonho ainda maior, como talvez, a realização de projetos voltados às artes e cultura no caso do cinema independente".
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